quarta-feira, 31 de outubro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
O que é a violência doméstica?
Violência Doméstica é todo o tipo de agressões que ocorrem no seio de uma relação familiar.
É um comportamento violento, directo ou indirecto sobre qualquer pessoa que habite no mesmo agregado familiar (cônjuge/companheiro, descendentes), ou que mesmo não co-habitando, seja ex-conjuge/companheiro.
Pode tomar a forma de violência psicológica e mental, violência física, privação de recursos financeiros, ou dificultação de contactos com familiares e amigos.
Em Portugal a Violência Doméstica é, desde o ano 2000, considerada crime público ((art. 152º do código penal):
- Qualquer pessoa pode denunciar, não é apenas a vítima que o pode fazer.
- As autoridades que tenham conhecimento (próprio ou por denuncia) da ocorrência, deverão tomar conta da mesma e comunicá-la ao Ministério Público, para instauração de inquérito
Um crime...
- Um crime que se estima afectar 1 em cada 5 mulheres na Europa
- Um crime que afecta não só as vítimas directas, mas também os filhos, restantes familiares, amigos e sociedade em geral
- Um crime que deve ser compartilhado com pessoas de confiança
- Um crime grave, considerado por lei como fundamento para o divórcio
- Um crime que pode afectar pessoas de todas as condições económicas, sociais e culturais
Segundo o Conselho da Europa, a Violência contra as mulheres no espaço doméstico é a maior causa de morte e invalidez entre mulheres dos 16 aos 44 anos, ultrapassando o cancro, acidentes de viação e até a guerra .
Tipos de violência
Violência Física
-Maus tratos físicos, como murros, empurrões, queimadelas, pontapés, bofetadas, uso de objectos, tentativa de homicídio….
Violência Psicológica
-insultos, gritos, ameaças, chantagem, perseguições, difamação, humilhações, proibições, dificultação de contactos com familiares ou amigos…
Violência Sexual
- Maus-tratos físicos relacionados com ameaças e coerção, com objectivo de obrigar a contactos sexuais indesejados pela pessoa.
-Maus tratos físicos, como murros, empurrões, queimadelas, pontapés, bofetadas, uso de objectos, tentativa de homicídio….
Violência Psicológica
-insultos, gritos, ameaças, chantagem, perseguições, difamação, humilhações, proibições, dificultação de contactos com familiares ou amigos…
Violência Sexual
- Maus-tratos físicos relacionados com ameaças e coerção, com objectivo de obrigar a contactos sexuais indesejados pela pessoa.
Consequências da Vitimização
Reacções Físicas:
Fraqueza; Sensação de aperto no peito: falta de apetite; dificuldades respiratórios; dores de cabeça; músculos tensos; choro; taquicardia; distúrbios do sono.
Reacções Psicológicas:
Medo; Desconfiança e insegurança; raiva: culpa; vergonha; diminuição da auto-estima e auto-confiança; depressão; evitamento; isolamento; confusão mental.
Reacções Sociais:
Receio de não ser compreendida; necessidade de isolar-se dos amigos e familiares por vergonha ou imposição do agressor; falta de apoio e compreensão das pessoas próximas e de algumas instituições.
Fraqueza; Sensação de aperto no peito: falta de apetite; dificuldades respiratórios; dores de cabeça; músculos tensos; choro; taquicardia; distúrbios do sono.
Reacções Psicológicas:
Medo; Desconfiança e insegurança; raiva: culpa; vergonha; diminuição da auto-estima e auto-confiança; depressão; evitamento; isolamento; confusão mental.
Reacções Sociais:
Receio de não ser compreendida; necessidade de isolar-se dos amigos e familiares por vergonha ou imposição do agressor; falta de apoio e compreensão das pessoas próximas e de algumas instituições.
Algumas das Razões pelas quais as vítimas mantém a relação abusiva
- Esperança que o agressor mude
- Vergonha e sentimento de culpa
- Medo de represálias
- Dependência económica e emocional
- Necessidade de proteger as crianças
- Ameaças do agressor
- Isolamento social e relacional
- Crenças religiosas sobre o casamento
- Falta de apoio de familiares, amigos e instituições
A quem pode apresentar a queixa-crime
- Guarda Nacional Republicana (GNR)
- Polícia de Segurança Pública (PSP)
- Polícia Judiciária (PJ)
- Ministério Público, junto do tribunal
- Instituto de Medicina legal (IML)
Provas que poderá apresentar.
- Testemunho pessoal.
- Indicação de testemunhas (qualquer pessoa pode ser testemunha, logo que não apresente anomalia psíquica).
- Objectos com indícios do crime (roupas rasgadas, cartas com ameças, mensagens escritas e de voz com ameaças, entre vários outros).
- Relatórios médicos (médicos, psiquiatra, psicólogo, médico de família, perícias médico-legais). A vítima deverá procurar sempre assistência médica, mesmo que não apresente sinais visíveis de agressão.
As vítimas de maus-tratos que sejam casadas podem abandonar o lar se, o seu objectivo é defender-se e evitar novas agressões. Contudo, devem comunicar às autoridades a razão pela qual o fez, não sendo por isso prejudicadas nos direitos, previstos por lei.
Indemnização ás vítimas de violência conjugal
Podem requerer todas as vítimas do crime de maus – tratos, previstos no nº 2 do artigo 152º do código penal, que incorram em situação de carência económica devido ao crime.
- Quem pode requerer: a Vítima; o Ministério Público; Associação de apoio á Vítima
- Necessário preencher um requerimento específico (Anexar uma cópia da queixa)
- A Queixa não poderá ter sido efectuada há mais de 6 meses
- O montante pedido não pode exceder o salário mínimo nacional
- Apoio durante 3 meses; perrogável por mais 3 meses; em caso de grave carência económica por mais 6 meses.
A Violência Doméstica em Portugal ...
A violência doméstica é um problema sentido por grande parte das famílias portuguesas, sendo as mulheres a maioria esmagadora das vítimas (84% dos casos) e o agressor era quase sempre do sexo masculino (89%) e quase sempre o próprio marido ou o companheiro da vítima (70% dos casos).
Os relatórios da Polícia ou inquéritos feitos por entidades que estudam o assunto confirmam a sua gravidade. Os nímeros podiam ser ainda muito mais alarmantes, mas as queixas, por vezes, só surgem quando a situação se torna insuportável.
A Violência Doméstica no Mundo
Com a fome, com a guerra, com as dificuldades económicas, os problemas da violência doméstica tendem a ser esquecidos. Não obstante, os estudos demonstram que a Violência Doméstica é a maior causa de mortes e casos de invalidez entre as mulheres.
As agressões são uma realidade quer nos países desenvolvidos quer nos que se encontram a vias de desenvolvimento. As denúncias de agressões sucedem-se em toda a União Europeia, estimando-se que uma em cada cinco mulheres é vítima de violência.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Comportamentos e práticas numa situação de violência doméstica
- Usar o telefone para chamar a polícia (ligar para a GNR Local ou para o n.112)
- Evitar zonas da casa com mais perigo (casa de banho, cozinha, varandas)
- Nunca ter vergonha de gritar por socorro ou fogo
- Tentar sair para a rua e pedir ajuda
A violência doméstica e o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes
As crianças e os adolescentes são afectadas pela violência doméstica, quer seja cometida sobre as próprias quer sobre outros membros do agregado familiar, normalmente mulheres. O impacto sobre as crianças depende da frequência do abuso, do tipo de maus-tratos, da idade, produz reacções que devem ser levadas em conta.
Algumas destas reacções passam por:
- dificuldades de expressão linguística;
- Enurese, encoprese;
- falta de capacidade de concentração e dificuldade em completar tarefas simples;
- ansiedade e medo;
- desenvolvimento de uma condição física deficiente;
- problemas de sono;
- comportamentos agressivos com outras crianças, em relação aos colegas e irmãos;
- problemas de saúde;
- comportamento depressivo;
- baixa auto-estima;
- sentimento de inutilidade e culpabilização;
- rejeição da escola e das brincadeiras com outras crianças;
- incapacidade de concentração e aí o rendimento escolar fica claramente abaixo da sua capacidade;
- interesse precoce pelo sexo, álcool, drogas.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
"A violência domestica é um problema que atinge na sua maioria mulheres, não sendo estas no entanto, o único alvo, crianças, adolescentes e idosos que começam a ser vitimas deste flagelo.A violência contra as mulheres constitui um grave problema que exige uma resposta articulada entre os poderes públicos, a sociedade em geral, no sentido de uma correcta orientação de um apoio constante."
Instituições que podem apoiar as vítimas de Violência Doméstica
Associação para o Desenvolvimento de Figueira - Gabinete “Janela Aberta” – Apoio a Vítimas de Violência Doméstica – Informação e encaminhamento; Apoio psicológico; apoio social; apoio jurídico. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9.30 – 13.00 / 14.00 – 17.30, no Concelho de Penafiel.
Contacto telefónico: 255711740
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) – É uma instituição governamental para a promoção da igualdade e direitos e oportunidades das mulheres. Possuem um gabinete de informação e consulta jurídica e uma linha verde de informação a vítimas de violência doméstica – 800202148, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Associação Portuguesa de Apoio á Vítima (APAV) – Possuem um alinha telefónica de informação e apoio a vítimas – 707200077, dias úteis das 10.00 - 13.00 / 14.00 – 17.00.
PSP / GNR – Estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana. Recebem as queixas e encaminham para instituições de apoio e hospitais. Dirigem-se á residência da vítima quando recebem uma chamada, com pedido de ajuda.
GNR – Penafiel: 255710940 / 255710950
Tribunal / Ministério Público – Cabe ao Ministério Público dar sequência ao processo de uma queixa e adoptar medidas de protecção das vítimas.
Instituto de Medicina Legal – As vítimas devem dirigir-se ao IML para realizar exames médico-legais que constituirá como prova importante no processo. Estas delegações recebem igualmente as queixas-crime. No concelho de Penafiel, funciona uma delegação no Hospital Padre Américo.
Ordem dos advogados – promovem acesso gratuito ás vítimas de consultas jurídicas. No Porto, o atendimento é realizado às Terças e quintas-feiras entre as 10 h e as 12h30m, mediante marcação prévia pelo telefone: 222011098
144 – Linha Nacional de Emergência Social, gratuita. Acolhimento temporário das vítimas em situação emergente de apoio.
Contacto telefónico: 255711740
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) – É uma instituição governamental para a promoção da igualdade e direitos e oportunidades das mulheres. Possuem um gabinete de informação e consulta jurídica e uma linha verde de informação a vítimas de violência doméstica – 800202148, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Associação Portuguesa de Apoio á Vítima (APAV) – Possuem um alinha telefónica de informação e apoio a vítimas – 707200077, dias úteis das 10.00 - 13.00 / 14.00 – 17.00.
PSP / GNR – Estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana. Recebem as queixas e encaminham para instituições de apoio e hospitais. Dirigem-se á residência da vítima quando recebem uma chamada, com pedido de ajuda.
GNR – Penafiel: 255710940 / 255710950
Tribunal / Ministério Público – Cabe ao Ministério Público dar sequência ao processo de uma queixa e adoptar medidas de protecção das vítimas.
Instituto de Medicina Legal – As vítimas devem dirigir-se ao IML para realizar exames médico-legais que constituirá como prova importante no processo. Estas delegações recebem igualmente as queixas-crime. No concelho de Penafiel, funciona uma delegação no Hospital Padre Américo.
Ordem dos advogados – promovem acesso gratuito ás vítimas de consultas jurídicas. No Porto, o atendimento é realizado às Terças e quintas-feiras entre as 10 h e as 12h30m, mediante marcação prévia pelo telefone: 222011098
144 – Linha Nacional de Emergência Social, gratuita. Acolhimento temporário das vítimas em situação emergente de apoio.
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